"Existe apenas um momento exato para ir pescar, e esse momento é sempre que você puder."

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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Uma Aventura ao Mundo Perdido da Serra do Aracá

Nossa aventura começa há dois meses atrás, quando um amigo da Noruega chamado Simen From me envia um e-mail solicitando detalhes e orçamento para conhecer e subir a Serra do Aracá. Naquele momento, iniciamos  todos os preparativos, planejamento e logistica para essa jornada. Tudo deve ser pensado minuciosamente, desde os guias, que devem ser pessoas de confiança e com grande experiência nesse tipo de aventura, até outras coisas não menos importantes como transporte (voadeiras),  alimentação, acampamentos, combustível, cordas, roupas, calçados e proteções necessárias. A segurança é sem dúvida o ponto mais importante de nossa jornada. Todos estavam sempre antenados e preocupados com tipo de roupa, calçado, trechos críticos do rio, insetos, repelentes, protetor solar, redes com mosquiteiros, barracas, locais de camping e tudo mais necessário para uma viagem tranquila e sem acidentes.
Nossos acampamentos
O principal rio de acesso a Serra do Aracá é o Rio Jauari, um dos afluentes do Rio Aracá. Portanto, para muitos, o nome correto da montanha é Serra do Jauari e não Serra do Aracá.
 Ao fundo vista panoramica da Serra do Aracá (ou Serra do Jauari)
Nossa jornada foi de exatamente 11 dias. Navegamos mais de 18 horas entre 4 rios e 1 igarapé antes de chegar próximo a base da Serra. Além disso, foram 4 dias de caminhadas, subidas e descidas na floresta e na montanha. Para uma aventura desse porte, o preparo físico é sem dúvida um fator determinante para se alcançar os objetivos planejados. Eu me preparei 2 meses, fazendo caminhadas e corridas diárias de pelo menos 8km. Nosso amigo Simen fez uma preparação física mais intensa e mais longa, foram quase  4 meses com caminhadas, corridas e ciclismo na Noruega. Ao final da aventura, estavamos quase 5 kilos mais magros.
Eu, muito bem preparado para a jornada
Alguns obstáculos naturais
Há alguns anos, existia um caminho feito por um morador antigo do local, tratava-se de uma trilha com cerca de 8km que terminava na base da Serra e logo em seguida era possível subir a montanha por um caminho usado por turistas, pesquisadores, garimpeiros e outros aventureiros. Infelizmente, depois de um dia de procura, chegamos a conclusão que a trilha e o antigo caminho de subida estavam totalmente perdidos. Faz mais de 5 anos que o mesmo não é utilizado por ninguém. A floresta é implacável e não deixa marcas depois de algum tempo. Apesar da preocupação em não termos encontrado o antigo caminho, nos reunimos rapidamente e decidimos fazer um novo caminho de subida. Tinhamos tudo, facões, cordas e toda disposição e vontade de alcançar o topo da montanha.
Olha eu escalando a montanha

Um pouquinho das imagens capturadas
No topo da Serra, observando as nuvens cobrindo a montanha
A Serra e sua beleza singular
Espetacular é pouco para definir a beleza da Serra do Aracá
Pequeno igarapé no alto da montanha
Foram exatamente 1184m de subida até o topo da montanha, como não havia caminho de subida, acampamos a quase 700 m de altura antes de alcançarmos o topo. A temperatura a noite chega em torno de 5 graus Celsius ou menos. Nosso termômetro chegou a marcar 3 graus Celsius numa noite de chuva. O mês escolhido para essa aventura talvez não tenha sido o melhor em função das chuvas torrenciais e do frio excessivo. Já é inverno na Amazônia e o melhor mês para subir a montanha é agosto quando as chuvas diminuem e o sol aparece com mais frequência. Foram poucos dias em que o sol deu o ar de sua graça.
Contemplando as raízes e plantas encontradas no alto da montanha
Exemplar encontrado no alto da Serra
 Plantas e flores com tons e cores vibrantes
Quero agradecer em primeiro lugar a Deus, aos nosso amigo Simen (meu cliente e agora também amigo) e nossos guias Domingos (vulgo Domingão) e Radiomar (Vulgo Radio), pelo sucesso total dessa jornada.
Nossos guerreiros Domingos e Radio
Queda d`água no igarapé da Anta
Montanha mágica
Vista do Igarapé que é um caminho natural a Serra
Nosso amigo Simen