"Existe apenas um momento exato para ir pescar, e esse momento é sempre que você puder."

Agenda de Pescarias (veja se sua pescaria já foi agendada)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Decreto 31.151 - 06/04/2011 - Proibição da Pesca Comercial do Tucunaré e Aruanã

Finalmente, saiu o decreto estadual que proibe a pesca comercial do tucunaré e do aruanã na área da bacia do Rio Negro desde a divisa do Estado do Amazonas com a Colombia até a foz do Rio Branco. Exceção justa para os pescadores locais entretanto com limites definidos pelo decreto.


Veja o decreto na integra....


Esperamos agora que o município de Barcelos, através de sua PREFEITURA e da secretária de meio-ambiente crie condições e tenha meios para fiscalizar o cumprimento do Decreto evitando que barcos geladores de outras localidades entrem em sua área e depredem seu maior patrimônio que é o TUCUNARÉ!

A população, os guias, os empresários e todos que dependem do TUCUNARÉ devem se tornar FISCAIS ATIVOS do município e ter a quem recorrer quando identificarem flagrantes de descumprimento do decreto.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Expedição aos confins do Sauadaua - Abril-2011

No começo de abril/11, estive junto com os nossos amigos Dadá, Rafael e mais dois colegas do Dadá, conhecendo e explorando um pouco das belezas naturais de nossa propriedade Sauadaua e todo seu potencial para ecoturismo. Durante 10 dias, percorremos cerca de 80km (ida e volta) dentro de uma propriedade selvagem e cheia de obstáculos naturais. Nosso objetivo original era encontrar dois lagos mapeados via google earth antes da viagem e onde iríamos montar uma cabana de selva para turismo. Infelizmente, a natureza não permitiu  que alcançássemos nosso objetivo pois a vegetação nativa (arumã, zaru-zaru e  jacitara) fecham completamente o igarapé principal depois de aprox. 40km. Abaixo estarei postando algumas fotos comentadas dessa inesquecível aventura.
inicio da aventura - subindo o igarapé
Os acampamentos eram montados em locais estratégicos, em clareiras naturais na margem do igarapé. Mantinhamos sempre uma fogueira acessa durante a noite para espantar os mosquitos, predadores e para preparação de nossa alimentação mais do que natural (o cardápio principal era o peixe). Eu como  era o mais urbano de todos levei café, leite, biscoito e até o famoso macarrão instantâneo nissin! Meus amigos não precisaram de tanto luxo. Dormimos em redes, em barracas cobertas de lona. Eu levei uma barraca de camping mas como não tinha muita paciência de montar e desmontar todos os dias, preferi a velha e boa rede.
Foram quase 40km de subida. Em alguns locais o igarapé se transformava num rio onde encontramos retas de 300m de comprimento e 25m de largura. Em outros pontos, a vegetação quase fechava totalmente o curso de água e nosso amigo Rafael - que ia na proa da voadeira com facões e motoserras - era o encarregado em abrir, literalmente o caminho.
Durante a viagem, mapeamos 16 igarapés (pequenos riachos com larguras entre 1 e 3m e profundidade variando entre 1 e 5m). Destaque sem dúvida para a transparência, cores e cristalinidade das águas encontradas. Uma experiência  única que somente a Amazônia preservada pode nos presentear.
A Amazônia é uma floresta densa, os animais não se mostram facilmente. Durante a expedição, tivemos a sorte e o privilégio de fotografar algumas espécies raras de animais nativos como araras, pacas (foto de um filhotinho), antas, tamanduás, jabutis e cabeçudos (espécie de tartaruga da cabeça grande). Destaque especial para foto da Anta que curiosamente visitou nosso acampamento durante a madrugada. 
Durante a expedição, faziamos caminhadas "trekking" regulares nas florestas de terra firme . As árvores encontradas são um capítulo a parte dessa jornada. Centenas de castanheiras nativas, maçarandubas, angelins, cumarus, marupás, itaúbas, caferanas, cupiúbas e, para nossa surpresa, encontramos uma árvore muito rara na região e que, certamente não devem haver registros  de  exemplares no Rio Negro e em seus afluentes como o rio aracá: UMA ÁRVORE DE MOGNO AGUANO com aproximadamente 4m de diâmetro e 40m de altura. Calculamos (por baixo) que apenas uma árvore dessas deva valer no mercado nacional mais de R$ 1.000.000,00. Riqueza inestimável, intacta, preservada e a salvo dos madereiros e serradores comerciais. Apenas eu tenho a localização exata dessa árvore (GPS) e não entrego a ninguém. (rsrsrs)
O igarapé do Sauadaua, assim como todos os seus igarapés afluentes e os igarapés do lado esquerdo do Rio Demeni nascem do mesmo campo alagado também conhecido como BURITIZAL . Nome dado em função das milhares palmeiras de Buritis e Buritiranas que o formam. O Buritizal é abrigo natural de outras vegetações nativas como Arumãs (fibra usada para artesanato), zaru-zaru (espécie de campim longo e cortante) e jacitaras (espécie de palmeira espinhosa) e que só sobrevivem em locais alagados. Estima-se que o BURITIZAL tenha uma área pelo menos 4X maior que a área do próprio Sauadaua. Em apenas 10 dias é impossível fazer uma exploração de uma área desse tamanho. Cada igarapé encontrado poderia, sem dúvida, se objeto de uma viagem de exploração a parte.
As imagens registram o nosso amigo Rafael ao lado de uma PIAÇAVEIRA, depois subindo e descendo de uma ABACABEIRA e por último os soldados RAFAEL, ALLEN E DADÁ ao lado de uma ITAUBEIRA.
Durante a volta, paramos no exuberante e lindo igarapé PAPAGAIO! Nem precisa explicar que sua cor verde dá o nome do igarapé. Um verdadeiro tesouro sem igual! 
Já estamos planejando outra expedição, agora com o objetivo de conhecer o campo que fica do lado direito da propriedade! Talvez em Junho ou Julho!